SEREI SEU MELHOR AMIGO???!!!!
por Rogério Amaral Souza
Todos que me conhecem e que compartilham
minhas postagens nas redes sociais, ou até mesmo quem não me conhece, percebe a
minha admiração por animais. De fato, ou melhor, de infância, esses bichinhos,
peludos ou não, sempre me despertaram carinho, admiração, curiosidades e outros
mais sentimentos. Ingressei na carreira acadêmica no curso de zootecnia com a
consciência de quê não devia aflorar muito esse amor aos bichos e me permitir
enxergá-los como meros organismos capazes de proporcionar lucros em algum
espaço, seja ele (o espaço), físico ou de tempo. Recuso-me a presenciar certas
agressões a eles, mesmo entendendo bem que se trata da luta natural pela
sobrevivência, curso natural de uma cadeia alimentar, ou uma produção cinematográfica
(nunca assisti, e nem vou, “Marley e eu” e “sempre ao seu lado” (os
protagonistas morrem no final, eu soube). Os animais domésticos vêm modificando
várias formas de pensar arcaicas e preconceituosas de que eles são animais
irracionais. Talvez a natureza racional destes não seja igual a do humano, mas
se equipara em qualidade. O que dizer dos resultados alcançados em equiterapia;
da influência de cães na recuperação de pacientes com câncer; da sua
importância e valiosa companhia como guias de pessoas com necessidades visuais,
etc... toda essa gama de importâncias, claro, é frutos de aprofundados estudos
no campo da “etologia”, sendo mais preciso a ciência que estuda o comportamento
animal. Ficaria muito satisfeito se a presença desses (amigos) animais - e não
falo apenas de cão e gato, mas de rato, pato, coelho, papagaio,etc... – fosse
determinante no desenvolvimento cognitivo de crianças com dificuldades no
aprendizado. Não falo em transformar a sala de aula num zoológico, pensando bem
esse ambiente também influencia, mas em proporcionar ao aluno uma condição
íntima na sua relação com o animal de uma maneira tal que isto possa transmitir
segurança e ser intermediativo no alcance da aprendizagem. É possível focar
esse instrumento, ou metodologia, como um processo de socialização no
fortalecimento da sua interação com o meio e seus indivíduos. Puxando a
“sardinha” (mais um bicho) para o meu lado, a maioria das histórias que
costumamos trabalhar na educação infantil está diretamente relacionada com animais.
O que dizer das músicas? E das produções artísticas? Precisamos sair da
“lagarta comilona” ou da “dona aranha subiu pela parede...” usar o palpável e
valorizar os fofos, penados, fieis, etc... eles estão pronto para ser seus
melhores amigos, também na educação.
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