sábado, 21 de fevereiro de 2015

Recreio Escolar, por Cláudio Figueiredo





RECREIO ESCOLAR

Quem se lembra da tão esperada hora do recreio? Lembro-me  nitidamente que quando ainda no jardim de infância, comia aquele pão com mortadela, pão com goiabada, com queijo prato regina ou com requeijão, acompanhados com suco de frutas.
A brincadeira era pular corda, pular amarelinha com casca de banana, pique tá, bandeirinha, queimado e o futebol é claro.
         Recentemente, fiz uma pesquisa em algumas Escolas, sentei no pátio de algumas delas e fiquei observando o comportamento das crianças e adolescentes, na sua maioria apática, sem nenhuma vontade de correr ou brincar, e os poucos que se habilitavam, a brincadeira era dar tapas e pontapés uns nos outros, em algumas delas a droga é vendida pela grade do portão, teve uma que o estudante foi morto na porta da mesma por não pagamento de dívida.

         Mas o que mais me chamou mais atenção foi a falta de comunicação olho no olho, e isso não faço referencia ao celular, que todos dizem ser a doença do século, mas na falta do diálogo atencioso, aquele que um fala e o outro escuta, e presta atenção no que o outro está falando. Senti falta de cumplicidade no dividir opiniões, senti falta da amizade que existia outrora, onde um sabia ouvir mais do que falava, que enquanto um contava um caso e o outro após escutar opinava e dava sua contribuição para um papo gostoso, houve momento em que vi vários celulares tocando musicas diferentes ao mesmo tempo e como de costume, não se entendia a letra, mesmo porque, não tem importância se é Muriçoca ou se é Roda Viva, o que importa é o barulho que elas fazem.

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