Flagrante de dramatização feita
por alunos em sala de aula de História, escola estadual do RJ.
No final dos anos oitenta, professores de História que utilizavam recursos áudio-visuais, jornais e revistas, cinema e documentários em sala de aula formavam uma pequena minoria. Muitas escolas condenavam esses usos, considerando que seria uma forma de burlar as aulas, os conteúdos dos programas de ensino e "esperteza" do professor interessado em trabalhar "menos", fugindo de sua responsabilidade com o ensino meticuloso, cobrado pelos vestibulares como conteúdo indispensável para um aluno do então segundo grau. Reinava um tecnicismo do conteúdo, que condenava a emoção e o sentimento como mediadores da aprendizagem em sala de aula.
Ao longo dos anos noventa, sob três frentes distintas, tais usos condenados tornaram-se fonte de renovação das abordagens temáticas nas aulas de história: 1º. os avanços tecnológicos da informática e sua posterior popularização; 2º. a irradiação das análises da Nova História Cultural, esmigalhando as temáticas mais tradicionais das narrativas históricas; e 3º. as reformas da educação básica com a LDB de 1996, colocando nas competências e habilidades o foco central da formação docente, finalmente atingiu os currículos do ensino de História nas duas pontas do processo: na educação básica se admite os saberes e os uso tecnológicos como parte da produção e diversidade das aulas, e nos cursos de formação do futuro professor de História, compreende-se as novas linguagens e ferramentas do ensino e pesquisa em História, enquanto estratégia de superação da "decoreba" e daquele vício verborrágico de aulas auditórios, sem produção de saberes objetivamente planejados e negociados entre professores e alunos. Postura frontal ao tecnicismo dos conteúdos e daquela sua carapaça de insensibilidade e neutralidade, castradora da criatividade de professores e alunos.
Na última década, as posturas mais tradicionais foram secundarizadas e, hoje, um número maior de professores de História ganha com o planejamento das atividades de ensino-aprendizagem, levando em conta que as novas mídias da comunicação e informação não podem deixar de interagir com os conhecimentos de uma aula de História. Uma aula de História é um lugar de reflexão e mediação entre as narrativas e as práticas sociais, colocadas vis-a-vis entre o passado e o presente. Na maioria das vezes um fragmento, uma música, por exemplo, pode introduzir a emoção de estudar o tempo passado, a memória e seus preciosos sujeitos que viveram antes desse tempo presente.
Olá simone, como vai?
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